quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

[FILHOS DE KARDEC] Errantes na Erraticidade

Errantes na Erraticidade Uma frase que ao...
Arraial Espirita 1 de Dezembro de 2011 22:13
Errantes na Erraticidade

Uma frase que ao longo do tempo, na história e na constituição da Doutrina dos Espíritos ganhou destaque, peso e vida, se refere ao Espírito depois da morte e sua situação como errante. Que foi, conforme aceitava o conhecimento da época, estruturado como Espíritos Errantes na Erraticidade.
Para muitos que já lidam algum tempo nos estudos da Doutrina, o termo Errante já não assusta mais, diferente de quem iniciando nos estudos da Doutrina se deparam com o Errante, e logo esta formada a suposta contradição doutrinaria. Espírito em Erros na Terra e Errantes também no mundo espiritual ou na Erraticidade? E logo o cérebro não admite tal contexto, assinalando como uma contradição e esta aberta o debate entre errante e erro, espiritual e Erraticidade.
No entanto, para não se alongar em uma questão que por si só já se esclarece, analisemos os termos diante das definições que o dicionário oferece:

Errante – Que anda vagueando. Não firme; vacilante. Diz-se dos astros não fixos (planetas, satélites e cometas).

Erro - Enganar-se em. Não acertar com. Não dar em. Não dar com; perder-se em.

Erraticidade - Qualidade de errático. [Espiritismo] Estado de um espírito entre duas humanidades sucessivas.

Mundo Espiritual - mundo natural dos Espíritos.

Assim sendo, um Espírito Errante não quer dizer forçosamente que ele esteja em erro, visto como Errante e Erro têm aplicações e sentidos diferentes. Como Erraticidade qualifica a condição do Espírito no Mundo Espiritual. Portanto, quando ouvimos ou lemos a expressão: Espíritos Errantes na Erraticidade, não julguemos precipitadamente que o espírito esta em erro continuo. Compreendamos que o Espirito esta no Mundo Espiritual na condição, de retornar a reencarnar ou renascer de novo no fisico, no mundo material.
Ou como nos ensina Léon Denis em seu livro Depois da Morte:

O ensino dos Espíritos sobre a vida de além-túmulo faz-nos saber que no espaço não há lugar algum destinado à contemplação estéril, à beatitude ociosa. Todas as regiões do espaço estão povoadas por Espíritos laboriosos. Por toda parte, bandos, enxames de almas sobem, descem, agitam-se no meio da luz ou na região das trevas. Em certos pontos, vê-se grande número de ouvintes recebendo instruções de Espíritos adiantados; em outros, formam-se grupos para festejarem os recém-vindos. Aqui, Espíritos combinam os fluidos, infundem-lhes mil formas, mil coloridos maravilhosos, preparam-nos para os delicados fins a que foram destinados pelos Espíritos superiores; ali, ajuntamentos sombrios, perturbados, reúnem-se ao redor dos globos e os acompanham em suas revoluções, influindo, assim, inconscientemente, sobre os elementos atmosféricos. Espíritos luminosos, mais velozes que o relâmpago, rompem essas massas para levarem socorro e consolação aos desgraçados que os imploram. Cada um tem o seu papel e concorre para a grande obra, na medida de seu mérito e de seu adiantamento. O Universo inteiro evolui. Como os mundos, os Espíritos prosseguem seu curso eterno, arrastados para um estado superior, entregues a ocupações diversas. Progressos a realizar, ciência a adquirir, dor a sufocar, remorsos a acalmar, amor, expiação, devotamento, sacrifício, todas essas forças, todas essas coisas os estimulam, os aguilhoam, os precipitam na obra; e, nessa imensidade sem limites, reinam incessantemente o movimento e a vida. A imobilidade e a inação é o retrocesso, é a morte. Sob o impulso da grande lei, seres e mundos, almas e sóis, tudo gravita e move-se na órbita gigantesca traçada pela vontade divina.

Arraial Espírita

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